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APÓS SETE ANOS, ALCIDES BUSS LANÇA NOVO LIVRO DE POESIA

A CULPA ESTÁ MORTA

(Texto livre para divulgação)

A culpa está morta e outros poemas (Caminho de Dentro Edições, 128p) traz apresentação de Afonso Henriques Neto que, de início, afirma: “Para quem ama a poesia, a obra é um prato cheio, plena de um lirismo forte, autêntico.” O conhecido rigor desse professor da PUC-RJ, tradutor e também poeta, dá força às palavras que dedica ao novo livro do catarinense Alcides Buss. Embora pouco conhecido fora de seu Estado, Buss é lido e admirado no meio literário nacional. Lêdo Ivo referiu-se à sua poesia como uma das mais belas e fortes do país e da língua.

Composto de duas partes, das quais “A culpa está morta” é a segunda, o livro reúne poemas escritos e reescritos nos últimos dez anos, na maioria  focados na vida contemporânea, seus dilemas, desafios, alegrias e também sofrimentos. Emblemático, o primeiro deles (“Que fosse um bolero”) evoca a solidariedade entre indivíduos e nações como caminho de sobrevivência do mundo. Epígrafe de Oswald de Andrade, “A felicidade anda a pé”, dá o tom geral da primeira parte: leveza, fluência e imagens que primam pela surpresa, como esta no poema “O manacá e o mundo”:

Meu pé de manacá
é quase nada, um anãozinho
em meio ao turbilhão da vida.
Mas seus olhos azuis e brancos
às vezes se confundem
com os meus.
E respiramos juntos.

O aplauso de Afonso Henriques Neto faz coro às avaliações dadas a livros anteriores de Alcides Buss, em especial a Viver (não) é tudo, de 2015, e Janela para o mar, de 2012, do qual Ivan Junqueira (da Academia Brasileira de Letras, falecido em 2014) reconheceu a força e a originalidade dadas ao tema em interlocução com outros poetas de língua portuguesa, em especial Fernando Pessoa e Sophia de Mello Breyner Andresen.

Na apresentação do novo livro, à maneira de uma carta, Afonso Henriques dá também um depoimento sobre a relação de seu avô, o poeta Alphonsus de Guimaraens, com o simbolista Cruz e Sousa, destacando a admiração que o mesmo expressava em relação ao autor de Broquéis e Faróis.

Na segunda parte de A culpa está morta e outros poemas, Buss dedica ao leitor o intenso texto que dá título à obra, um diálogo de cumplicidade com a arte da Poesia. Cabe a ele, o leitor, conferir a sua parcela no desafio  renovador das palavras.

Título do livro: A culpa está morta e outros poemas

Autor: Alcides Buss

Apresentação de Afonso Henriques Neto

Caminho de Dentro Edições

Florianópolis, 2022

128p

Preço sugerido: R$ 40,00

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